25 de junho de 2012

Eu não supero e isso não é segredo.

Deixa eu tentar explicar. A minha avó materna morreu tem uns 25 anos, sendo assim eu não a conheci. Quando eu nasci a minha mãe já conhecia a minha avó de coração, que é quem a minha mãe chama de mãe eu sempre respeitei como avó. Sendo assim os filhos dela eu considero meus tios e assim por diante. Pra todo mundo da família é assim.
Então que hoje foi a festa de bodas de rubi da minha tia e tinha séculos que eu não participava de nada, porque eu tinha esse probleminha com o meu primo. Só pra começar a minha ex-sogra/tia estava lá e minha ultima lembrança dela era ela gritando na escada do prédio " Um mau filho nunca vai ser um bom marido. Você tá se afundando com ele, garota!" E ela veio falar comigo dizendo que ele não tomava jeito, só queria saber de beber e que ia ligar pra ele e avisar que eu estava lá. Como se não bastasse ela senta na minha mesa. Cinco minutos depois, meu tio senta do meu lado e diz que eu estava tão linda, que quando ele chegasse ia se arrepender de ter me largado. Com essas palavras: se-arrepender-de-ter-me-largado.
Depois chegou a minha avó perguntando se ele ia demorar muito ainda, até que ele ligou dizendo que não ia porque estava num churrasco e já estava pra lá de bêbado.

Dai eu fiquei lá comendo bem-casado e desejando um morte lenta pra ele, que eu já tinha até esquecido, mas uma morte lenta e dolorosa por ter-me-largado.

11 de junho de 2012

O ultimo presente de dia dos namorados que eu dei foi uma estrela. E eu passei 2 semanas ouvindo que esse foi o presente mais fantástico que ele poderia ganhar, porque ele tinha uma estrela por minha causa. Contou pra todo mundo, colocou até foto do certificado no orkut e todo mundo vinha me perguntar como eu tinha conseguido registrar uma estrela oficialmente com o nome dele.

E hoje uma amiga minha desde aquela época ( a mesma que ele vivia dizendo que era a minha amiga mais chata), me ligou dizendo que encontrou com ele no Barra Music e ele foi dar ideia nela.

É a vida que segue, né. haha

9 de junho de 2012


TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas!  Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Enlouqueça!

Boa semana do dia dos namorados pra quem tem um. ;*

3 de junho de 2012

Eu cresci fazendo planos da minha vida profissional. Eu lembro de ver malhação e pensar que eu ia ser assim quando estivesse prestes a entrar na faculdade. Eu estudava pensando no quanto aquilo ia ser útil pra quando eu já estivesse na faculdade. Estudava tudo porque pensava que pessoas que queriam fazer nutrição eram boas em química  e biologia, e não em física como eu tinha que ser. Dizia pra todo mundo com 11 anos que eu ia fazer faculdade na UFRJ e passar em primeiro lugar. Não foi ninguém que colocou isso tudo na minha cabeça, eu mesma criei, porque sempre me imaginei desse jeito. Só que pra tudo isso acontecer eu tinha que sair de Nova Iguaçu. Precisava sair do interior, precisa ser vista, precisa ser reconhecida em um lugar de referencia. Lembro que fiz curso em um lugar maravilhoso, mas que no dia de uma prova ninguém conhecia o meu curso, mas todo mundo já tinha ouvido falar no curso Martins, tanto aqui quanto no Rio e decidi que eu ia fazer curso no Martins se eu não passasse pra Alimentos numa escola conhecida no país todo.
Ai eu consegui e sai de NI com 15 anos. Era parte dos meus planos ir morar com a minha tia com quem eu moro hoje, mas ela tinha acabado de se mudar pra Brasilia, mas no fim das contas não fazia diferença porque eu só vinha em casa pra dormir. Meus finais de semana eram no Rio e meus amigos de lá não fazem nem ideia de como faz pra chegar aqui, porque eu vivia lá. Eu até falava que as pessoas aqui eram limitadas e não pensavam em crescer na vida e sair desse lugar. Que gostavam de NI porque eram conhecidos aqui, mas nunca iam ser tão bons em outros lugares e ficava rindo de gente que falava: " Fulano tem dinheiro, mora lá no k-11".

Então outro dia eu estava andando na rua e uma senhora veio falar comigo, perguntando se eu era a vizinha da Rose, a que trabalhava no MP. E eu nunca tinha visto a mulher, mas ela me deu parabéns e disse que a minha vizinha falava muito bem de mim, e que todo mundo me adorava aqui na vila. Dai eu parei pra pensar e vi que esse monte de gente que eu não dei atenção por tanto tempo foi gente que me viu crescer e que torce por mim. Gente que tem foto minha em casa, que faz doce  traz aqui porque sabe que eu gosto e pede pra minha mãe guardar, que fala pra pessoas que eu não conheço que eu sou muito estudiosa e que vou ser doutora, que sabe que eu só como açaí com calda de leite condensado e que não contava pros meus pais quando eu trazia o meu  ex namorado aqui quando não tinha ninguém em casa. rs

E não que eu vá desistir de ser a nutricionista mais influente no mundo, mas hoje eu fui visitar uma senhora que mora aqui na rua que me levava na igreja quando eu era criança, tem 86 anos e quebrou uma perna. Na hora que eu fui embora ela me deu um abraço e disse: " Vai lá florzinha, eu amo muito você". 
Não que eu vá desistir, mas ser alguém pra todas essas pessoas aqui é algo tão bom que me faz ficar ansiosa de voltar pra casa.