Nós passávamos todos os finais de semana juntos e sem sexo,
pq eu era novinha, cheia de neura e tudo mais. Ele cozinhava pra mim todo final de semana (e dizia que eu parecia um monstro comendo) e eu entrei na aula de dança de salão, já que sempre que ele queria dançar eu pisava no pé dele, como a formatura estava chegando, eu tinha que aprender pra gente fazer bonito igual ao que tinha sido no sonho. Passamos o dia dos namorados
fazendo o projeto final dele da faculdade de designer (um episódio de
cavaleiros do zodíaco) e no final daquela noite, depois de 3 meses ficando, eu
disse que o amava e BANG acabou tudo. Ele ficou me olhando, disse que gostava
muito de mim e amava estar comigo, mas queria que quando fosse dizer isso não
fosse só pela resposta de algo que eu disse, mas pq sentiu a necessidade. No
final de semana seguinte ele estava estranho e foi assim por mais alguns dias,
até que teve um dia que ele disse que queria passar o final de semana sozinho.
Demorou um pouco, mas depois eu descobri que a ex dele tinha entrado em contato
no final de semana do dia dos namorados, que era quando eles faziam aniversário
de namoro e tinha dito um monte de coisas. Que estava indo pra Florianópolis e
queria encontrar com ele, porque ainda o amava. Ele me contou isso e eu disse
que tudo bem, que queria que ele fosse feliz, independente de ser comigo e ele
foi pra lá. Pediu demissão do trabalho, colocou o apartamento a venda e foi
embora encontrar com ela. E eu? Eu tive ulcera nervosa e outros muitos
problemas de saúde. Passava mais tempo no hospital que em casa ou trabalhando e
não sabia mais o que fazer. Não tinha vontade pra nada, não queria fazer nada
da vida. Pedi a empresa pra me colocar em outro lugar e tive que me refazer.
Colar todos os meus caquinhos e seguir em frente. Aprendi que a gente não erra
porque quer e sim pq não sabe fazer. Ele nunca pensou que nós íamos nos
envolver tanto e que tudo ia terminar assim. Ele sentia culpa e eu sentia
muito, muito mesmo. Escrevi aqui sobre como foi cada momento desses.
Num desses dias de mau humor, eu tinha que levar uns
documentos pra serem assinados na empresa pra qual eu ia passar a maior parte
do tempo trabalhando e nessa sala estavam cheias de fotos do Loco Abreu, ídolo
do meu time e eu perguntei de quem eram as fotos e então o Bruno se apresentou
e perguntou se eu era botafoguense também. Eu respondi que sim e ele disse
“Sabia, os botafoguenses são os mais bonitos”, mas eu estava na minha fase
múmia e saí batendo porta pela cantada barata. Mas quem disse que ele desistiu?
Passava o maior tempo possível vindo falar comigo, me paparicando, me ensinando
a fazer coisas do trabalho e me cantando. Eu até disse que nós não poderíamos
ficar porque ele era geminiano e eu capricorniana e nosso signo não combinava.
Não que eu fosse entendedora do assunto, mas o Marcos falava tanto disso que eu
acabei aprendendo. rs
Mas aí em um dia dessas conversas ele me contou que o sonho
dele era ser veterinário, mas a gente tem que trabalhar e ganhar a vida e isso
não ia rolar. Eu parei e considerei que todas as vezes que eu tinha rido desde
a ida do Marcos tinha sido com ele e que ele merecia uma chance. Ele estava
conversando comigo com uma caneta e um papel na mão, então eu peguei e anotei
meu telefone lá e ele entendeu que eu tinha mudado de ideia. Nós estávamos indo
embora e andando a caminho do metrô. Quando estava chegando perto da estação
nós fomos diminuindo o passo e ele disse que quando a gente parasse ele ia me
beijar. Então eu parei, ele deu mais uns dois passos até perceber, voltou e me
beijou.
Era muito divertido ficar com ele e comecei a ver as coisas
melhorarem. Até que um dia nós estávamos bebendo e ele me contou que era casado
e tinha se separado a pouco tempo. O que eu fiz? Entrei em desespero, lógico.
Mas mesmo assim, ele me convenceu de que era um geminiano legal.
Nessa época eu fiz a prova pro MP, que um amigo me disse que
ia ter. Quando saiu o resultado ele tinha se machucado e estava de licença, mas
eu estava indo embora e achava que não ia mais encontrar com ele na vida, mas
não foi bem isso que aconteceu.
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