13 de fevereiro de 2011

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.



Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais. A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.



Há uns tempos atrás, a Paola ( é, a Paola. ex do meu ex que eu queria matar quando ele era atual ), disse que eu não deveria deixar que a minha felicidade dependesse de outras pessoas.
Eu não entendi. Nem respondi. Mas isso ficou na minha cabeça. E Angra fez milagres comigo de verdade. Eu pensei mil vezes que viajar sozinha era muito forever alone e que eu só ia voltar de lá me sentindo pior ainda. Mas enquanto eu estava no barco, com o meu chapéu pedindo pra pessoas desconhecidas que não falavam a minha língua pra tirar fotos minhas, eu entendi. E apesar de tudo,  minha vida tem sido bem leve desde que eu descobri isso. 
Então eu vou agradecer a Paola por esse conselho bom e pedir desculpa pela milésima vez as ameaças que eu fazia pra ela. 
E dizer pra todo mundo, que é pra não deixar mesmo a sua felicidade depender dos outros.


Beijos e boa semana ;*

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