29 de agosto de 2011

Agosto, o mês do desgosto

Quando eu tinha 15 anos eu comecei a namorar de verdade pela primeira vez. E eu tinha 15 anos, e é realmente difícil ter um relacionamento de verdade nessa época, mas mesmo assim, nenhum outro relacionamento que eu tive foi tão adulto. E acabou por minha causa e eu tenho bem consciência disso. Por N coisas que eu fiz. Quando eu estava perto de fazer 17 eu percebi as besteiras que tinha feito e tentei reparar tudo. Ficava sem dormir pensando no que eu poderia fazer pra poder ser boa o bastante pra ele. 

Ser boa o bastante.

E eu não desisti logo. Eu continuei tentando. Toda a minha energia. Meses tentando arrumar uma coisa que não podia mais ser arrumada. Até que eu vi que era hora de desistir e que tinha que fazer da melhor forma. 
Um ano e meio depois eu conheci o Marcos e resolvi de novo tentar. Não por tanto tempo dessa vez, mas no começo até rejeitei um emprego melhor porque não ia mais ter tanto contato com ele. Coisas malucas assim.

Mas enfim, o que eu quero dizer hoje é que depois disso eu simplesmente parei de me esforçar. Não quero mais ter que lutar pra ficar com alguém. A parte que se esforça. A que cria expectativas e só se fode. Eu não tenho mais esse tempo e nem essa energia. Se quiser ir embora, eu não vou me espantar e nem brigar com seja lá quem seja que for ficar com o fulano. Eu posso até fazer brincadeira, mas acho que se foi é porque tinha que ir e vai ser melhor assim.

Eu só peço que quando for sair é pra bater a porta. 

20 de agosto de 2011

A respostas das crianças

Eu sei que eu nunca postei nada aqui sobre o meu envolvimento com a igreja e que talvez tenha gente que nem saiba do quanto isso é importante e essencial na minha vida. Talvez até seja por isso que eu tenha ficado tanto tempo sem postar, porque todo o meu tempo vago eu fico na igreja fazendo N coisas.
Eu não sei se vocês conhecem a Igreja Católica, mas existem divisões chamadas de pastorais. Cada pastoral é responsável por uma coisa pra fazer a igreja funcionar. E eu participo me metendo em algumas delas.  Participaria até mais se tivesse mais tempo, mas sou fixa em apenas uma, que é a catequese. Algumas pessoas tem até trauma, porque tiveram uma Tia Teteca que fez com que eles ficasse lá por dois anos tendo uma 'aula' bem chata que fez com que todos fugissem da igreja depois.
Dai que eu dou 'aula' pra crianças de 8 anos no sábado, e pra jovens e adultos com mais de 15 anos aos domingos. E eu sou apaixonada pelo crisma. Adoro. Nada me faz sair de lá porque é a minha vocação mesmo.
E com as crianças é mais recente. E eles realmente estão lá como muitas pessoas que foram obrigadas quando crianças. Vão porque os pais levam e as vezes eu fico cansada e penso em sair e deixar eles só com a outra menina que da catequese comigo.
E eu expliquei tudo isso porque semana passada eu não fui e hoje quando eu cheguei a menina falou :

- Eles perguntaram por você semana passada e eu garanti que vc vinha hoje. O Ricardo que perguntou aonde  é que tava a Tia Loira.
-Loira?
- É quando eu disse que não tinha nenhuma Tia Loira ele me disse " Você nunca reparou que a ponta do cabelo dela é loiro não, Tia? ".

E ai o meu coração se enche de amor e eu vejo que vale a pena.