12 de dezembro de 2011

but I'm think two is better than one

Eu fui pesquisar uma coisa no blog esses dias e vi minhas postagens dos primeiros meses do ano. Eram divertidas e eu tinha um foco. Como eu mesma disse, os meus dois focos eram a faculdade e a igreja e nada ia mudar isso. Eu estava bem do jeito que eu deveria estar ainda, e eu fiquei pensando no que tinha acontecido. O que aconteceu pra mudar todo o amor próprio que eu tinha descrito que eu estava sentindo. E eu fui dormir pensando nisso. Acordei umas quatro vezes durante a noite, nas quatro vezes sonhei com o Diogo. Com a gente discutindo por ele ter ido embora. E tudo fez sentido.
Eu estava bem, então encontrei com ele na rua e ele disse que ia voltar a trabalhar no MP. Disse tão perto de mim que eu fiquei tonta. Mas ele era noivo e eu ia respeitar isso. Só que não era só isso. Não era só a vontade absurda de ficar com ele, era querer que ele ficasse bem. Então eu estava almoçando na copa quando ouvi ele conversar com a ex maluca, enquanto ela gritava com ele e eu resolvi ir conversar com ele. Ao contrário da outra que queria mais do que tudo ficar com ele. Era como se fosse um prêmio, sei lá. E ela estava realmente disposta a ficar com ele, podia custar o quanto fosse. Então ela ligava pro celular dele quando ela sabia que ele ia estar junto com a ex, mandava mensagem dizendo coisas desnecessárias e eles terminaram. Ele ficou na merda e eu disse que a gente ia sair pra beber naquele dia mesmo. Na terça feira e ele disse que eu era doida pra beber tendo que ir trabalhar no dia seguinte, mas eu disse que não era um convite, era uma intimação. Então ela mesmo tendo prova na faculdade foi e chamou mais um monte de gente quando ouviu que a gente ia beber. Mas ele sentou do meu lado, e por mais que as pessoas estivesse falando de qualquer outra coisa, a gente conversou sobre a gente. Ele contou a história da ex, eu falei da minha vida, ele falou da dele, ele ficou bêbado e decidiu que tinha que ir embora. Ela ficou esperando, mas ele foi embora comigo. Ele foi embora comigo e me beijou. E sei lá, eu já fiquei com muita gente nessa vida, mas gostei do beijo de 4 pessoas de cara. E eram 3 até ter ficado com ele. E eu entrei no ônibus falando com ele no celular e virou minha função ligar pra acordar ele todo dia de manhã. E eu estava totalmente perdida naquilo. Perdida nos olhares o dia inteiro. Dele mandar mensagem pedindo pra olhar pra ele, só pra ele me chamar de linda. De sempre que eu ia perguntar alguma coisa me dar a mão, o que me deixava apavorada achando que alguém ia ver e mandar os dois embora. De tentar convencer ele de que tirar foto com o chapéu do Burguer King não é uma boa opção e tudo isso. De ir pro cinema de casalzinho. De passar uma madrugada toda conversando. De contar coisas pra ele que eu nunca contei pra ninguém. E por ele ter dito que uma mãe de santo lá no tambor que ele ia que se ele encontrasse uma mulher com covinha nas costas, ele tinha que casar. Adorando tanto que até cheguei a chamar ele de amor, por acidente uma vez. O que ele fez questão de valorizar dizendo que " A senhora que odeia relacionamentos me chamando de amor? Ganhei nem o dia, foi o mês todo!". Cheguei até a criar outro blog, porque Lanterna dos Afogados não era mais uma música que eu me identificava. Porque ele disse que estava apaixonado e que queria ficar comigo.

E eu passei dias pensando aonde eu tinha errado. Se era por ter feito a cara de " tá doido?" quando ele disse que eu era namorada dele e ter dito que as coisas estavam bem daquele jeito e que não deveríamos pensar em relacionamento. Ou quando eu disse que a Brenda queria casar quando era claro que ele queria um relacionamento. E essa semana eu lembrei de quando a gente saiu e ele me disse que tinha passado na casa dela e eu fiquei revoltada, morrendo de ciumes. Que eu entrei no carro e não falei nada até a gente chegar na Lapa. Que antes de sair do carro eu disse que queria conversar com ele, e ele me respondeu " Quando eu for te levar em casa,a gente discute, que é o que você quer fazer agora. Mas eu não vou me estressar. Não agora, então se esforça pra se divertir, porque é o que eu vou fazer. Eu encontrei com ela pra falar que eu tinha te escolhido, mas se você continuar agindo assim, eu vou começar a questionar a minha escolha."
Mas eu sabia que tinha acabado ali. Que quando ele me deixou aqui era o ultimo beijo.

E eu surtei e vou surtar muito ainda. Surtei semana passada porque vi um pastelzinho de Belém do habib's e lembrei que o Léo uma vez disse que eu podia comer que eu ia gostar. E hoje ninguém é capaz de dizer nem se eu gosto de doce, quem dirá o que eu gosto mais ou posso gostar. Que eu só fui descobrir de que tipo de doce ele gostava mais com quase um ano e meio de namoro, porque tinha passado mais tempo surtando por ciume do que qualquer outra coisa. Porque eu sei o quanto isso é sério e que eu preciso tratar. E principalmente porque quando eu estava bem por ser sozinha, alguém me mostrou que era melhor ficar junto.

6 de dezembro de 2011

Amigos, amigos

Domingo de manhã uma amiga me ligou e disse que precisava falar comigo. Dai quando eu perguntei o que era, ela falou que tinha discutido com o coisinha dela, porque ele contou uma história pra ela e que no meio da história ele estava tento um papo quente no msn com uma outra lá. E quando ela reclamou ele disse que não tinha que dar explicações nenhuma pra ela. E ai, né. O que eu vou falar pra ela? " Gata fica rivolts e bate em assaltantes na rua?". Não, né. Não cola. Eu perguntei o que ela ia fazer e ela disse que não sabia, e eu disse que tb não. 
Dai de tarde uma outra amiga minha foi lá em casa. Contou que tinha terminado o namoro e tava seguindo em frente e contando como ela tava fazendo as coisas do jeito que eu fazia e ensinei pra ela. Que ela escolhia o cara e ele vinha falar com ela com os truques que eu ensinei e que eu era a Diva dela.

E dai eu tenho certeza que o que o Johnny e a Manu viviam dizendo é verdade. Eu sou completamente bipolar.

30 de novembro de 2011

evidências

Eu não calço 35 como a minha mãe. E mulher de pé pequeno é mais bonito, né? Mais fácil de comprar sapato até. Eu queria calçar 35.
Eu nunca tive cabelo liso de verdade. Todo mundo diz que teve cabelo liso quando era criança, até quem tem cabelo bem ruim mesmo. Eu nunca tive. O meu sempre foi cacheado. Quando mais nova era mais cacheado ainda. Hoje ele é liso porque eu faço chapinha, mas se molhar ele fica cacheado. Mas ter cabelo liso me economizaria tempo e energia. Eu não reclamaria por ter cabelo liso.
A minha terapeuta disse semana passada que algumas pessoas não teriam problemas pra lidar com as coisas que me deixam assim, toda depressiva e amarga como eu sou. Eu disse que eles eram um bando de filhos da puta, mas é porque eu queria ser assim também. Mas não sou, e tenho que aprender a viver com isso. Mas eu queria ser.
Apesar de todas as minhas tias terem peito eu não tenho. Nem eu nem minhas primas. Não que hoje eu tenha problemas com isso, mas eu já tive e muito. Até os 15 eu achava que eles iam crescer um dia, e justificava dizendo que eu tenho bunda, então é normal que eu não tenha peito. Mas ai eu namorei uma coisa fofa que sempre destruía minha auto estima dizendo coisas do tipo " E bunda me serve pra que? Não me serve pra nada. Peito sim, mas né..."! Eu não tenho problemas com isso hoje e me aceito assim. Mas se eles fossem maiores eu não acharia ruim também.

E a lista é grande. Eu não tenho um monte de coisas. Eu queria ter um monte de coisas e algumas eu nem ligo. Mas ai eu tô conversando com a Talita e ela diz que eu não tô tentando, mas eu estava lá no meu pedestalzinho de euestoufazendoomelhorqueeuposso e me dei conta. Eu não tô tentando e nem a mim eu tô conseguindo enganar. Eu não tô tentando porque eu não quero. Eu não tô tentando e naquela estilo "Porque eu continuo a me bater com um martelo? É porque me sinto bem quando eu paro". Eu não tô tentando e nem pensei em tentar.
Mas sabe o porquê isso acontece mesmo? Porque eu não tenho vergonha na cara !

Porque eu comecei o dia incrivelmente feliz, depois eu fiquei com raiva, depois fiquei triste, depois fiquei feliz, depois fiquei nervosa, depois fiquei ansiosa e termino a minha noite não estudando pra química aplicada, como deveria, mas ouvindo Chitãozinho e Xororó e cantando como se não houvesse amanhã:


Eu me afasto e me defendo de você
Mas depois me entrego...



Eu entrego a minha vida
Pra você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim
Diz que é verdade que tem saudade
Que ainda você pensa muito em mim...


É muita, muita falta de vergonha na cara!

25 de novembro de 2011

Todo mundo faz besteira, né. Mas a maioria das besteiras que eu faço é por achar que eu posso fazer, quando na verdade eu não posso.
Tipo quando eu resolvo ficar com alguém quando eu não tô pronta pra ficar com outra pessoa. Quando a ultima coisa que eu poderia fazer era ficar com outra pessoa. Mas enfim, eu penso que tenho que seguir em frente e ficar com outras pessoas. Só que como se não bastasse, eu escolho ficar com alguém que tem namorada. Na minha cabeça era até uma vantagem. Não vai me ligar no dia seguinte, não vai me perturbar e nem nada do tipo. Só que como é comigo nunca vai ser simples assim. Primeiro que eu não vou gostar de ficar com a pessoa, mas até ai é um simples problema. A bola de neve começa quando a pessoa me acha super legal e que precisa cuidar de mim. E resolve largar a mulher, me ligar 5 vezes no dia e começar a fazer planos. E eu sou assim, eu deixo a mão no bolso porque não quero andar de mãos dadas, eu não abraço e eu não deixo mexer no meu cabelo. Eu tento deixar bem claro que eu não vou querer nada. Mas a minha vida acontece com essa bola de neve.
E é por isso que meus amigos dizem que eu destruo a vida das pessoas. Porque eu passo a minha noite de quinta-feira tentando fazer com que um cara entenda que eu nem vou mais ficar com ele. Que eu não tô pronta pra isso.

23 de novembro de 2011

Não me entenda mal. Meu pai tinha um sitio. Eu passei minha infância andando a cavalo. Eu ia pro mercado a cavalo, até. Era Vilão o nome dele e eu me sentia a Deborah Secco em laços de família. Eu entrava no galinheiro pra pegar ovo pra fazer bolo e tinham muitos cachorros e outros bichos. Minha família sempre adorou animais e uma vez o meu pai até ajudou a cuidar de um falcão. Eu ia todo hora ver o falcão. Não me lembro o que tinha acontecido com ele, só lembro que ele tinha sido machucado e não estava voando. Lembro do dia que eu tentei tirar leite da vaca e sair correndo porque a teta dela era esquisita. Mas depois eu sentei lá e meu pai me ensinou e eu até consegui. Lembro que o porco correu atrás de mim quando eu fui brincar de pique esconde dentro do chiqueiro dele. Sendo assim não me leve a mal, era a coisa mais natural do mundo que eu quisesse ser  veterinária. Era tudo incrível. Minha mãe diz que eu não sabia nem falar direito e dizia que queria ser veterinária. Eu falava que quando fizesse 18 anos meu pai ia vender parte do sitio e ia começar a pagar minha faculdade pra ser veterinária. Eu ia pra pet shop onde a irmã da minha madrinha trabalha e ficava delirando com aquilo tudo. Até meus 11 anos.

Mas ai que eu era 10 quilos acima do peso. E um dia veio no jornal uma dieta. Dieta dos pontos, bem conhecida até. E minha mãe me fez fazer aquela dieta. Tudo que eu quisesse comer, valia dinheiro do meu banco imobiliário. Se meu dinheiro acabasse no dia, era só verdura e legume que eu podia comer. E eu emagreci. Demorei 1 mês pra começar a emagrecer, mas depois fui perdendo peso que nem água. Eu comecei a aprender muita coisa. Muitas duvidas vinham na minha cabeça sobre metabolismo e virou uma paixão. Uma paixão muito maior que a medicina veterinária. Eu comecei a achar incrível que tudo que vc come tem uma função no seu corpo. Uma função pra te manter vivo e saudável.
Eu me apaixonei por nutrição e todo mundo sabe disso.Me apaixono mais a cada minuto de aula e isso é verdade.  Me incomoda quando eu conheço alguém há mais de uma semana e esse alguém não sabe disso, porque eu falo disso o tempo inteiro.
Eu demorei mais do que eu queria pra entrar na faculdade. Eu não tenho tempo pra estudar tanto quanto eu sempre quis. Mas eu não consigo me livrar dessa sensação de fim de período. E não é a sensação de desespero. É uma sensação estranhamente otimista que me diz que agora só faltam 7 períodos pra poder ser quem eu sonho desde os 11 anos.

6 de novembro de 2011

Eu sou assim, uma hora eu adoro ter razão. Quando eu tô discutindo eu adoro ter razão. Quando eu tô trabalhando eu adoro ter razão. Uma das coisas que eu mais gosto de dizer nesses momentos é :" Eu tenho razão e você sabe disso!". Sou assim, capricorniana. Querendo ter o controle de tudo. Mas não é só o controle, é o orgulho também. E eu achava que tinha passado muito tempo perto de arianos pra ter orgulho, mas eu tenho.
Mas tem outra hora que eu não quero ter razão. Não que eu não saiba que é verdade, mas eu não quero ter razão. Quando eu penso que quando eu estiver terminando a faculdade eu vou ficar na merda porque vou ter que largar meu lindo emprego, eu não quero ter razão. Quando eu digo que eu sou sozinha e não tem como mudar isso, eu não quero ter razão. Eu sou assim, com ascendente em peixes. Absorvo energia dos outros. Fico feliz se quem estiver do meu lado estiver feliz e fico extremamente triste se estiverem triste também. E não consigo controlar isso.
Eu estava aqui assistindo Grey's Anatomy agora, porque uma pessoa MUITO LINDA  do meu trabalho me passou TODAS  as temporadas hoje. E a Dra. Grey vai conversar com o Sei Lá o Que dela, e sobre aquele assunto e diz a seguinte coisa: "Infelizmente, as coisas que me fazem te odiar, me fazem gostar de você também".  E eu sei disso. Sei que eu gosto do jeito maluco, da irresponsabilidade e de todas as outras coisas. Gosto disso e sei que ter tomado a minha atitude é agir com essa razão que eu tenho. Mas ao mesmo tempo eu odeio e odeio muito. E faria qualquer coisa pra não ter razão.

5 de novembro de 2011

Semana passada toda a equipe de informática do Ministério Público do Estado foi chamado pra assistir um curso, pra mostrar que o procedimento ia mudar. E ia ser uma mudança enorme. Determinado setor ia começar a fazer o trabalho do outro e um terceiro setor que ia terminar aquilo. Mas né, você chega pra pessoas que seguem o mesmo procedimento há 10 anos e diz que tudo vai mudar e vira um desespero.  Eles explicam muitas e muitas vezes como vai ser o novo procedimento, mas mesmo assim, a ideia de que vai mudar é tão assustadora, que ninguém para pra pensar no que vai ser feito. 
As pessoas ficam tão desesperadas com os erros que esquecem que existe um prazo pra se adaptar a esse novo procedimento. Que se acontecer algo de errado até o fim do ano, é porque se estava aprendendo.

E eu fiquei incomodada. Tô com a garganta doendo de explicar pras pessoas que a gente tem mesmo que deixar certas coisas pra trás e tentar entender o novo e se adaptar a ele. E cansada de tentar entender porque as pessoas não querem aceitar o novo.