22 de agosto de 2014

The end - parte 1

Quando eu comecei a escrever aqui no blog eu tinha acabado de terminar a escola. Terminado de concluir o ensino médio, onde eu não só aprendi a minha primeira profissão, mas onde eu tive meu primeiro namoro de verdade, como você já devem ter lido 5702 vezes por aqui antes. Quando terminou, eu achava que estava muito perdida nessa coisa de ser solteira (não que eu não soubesse ser, como achei por muito tempo, mas porque eu não queria mesmo), e comecei a emendar um namoro no outro, tendo até um noivado no meio disso tudo, mas eu não estava pronta pra nada disso. Uma prova disso foi quando eu criei esse blog, na lanterna dos afogados, que era minha música do momento. Eu estava num relacionamento onde não havia paixão, onde só tinha eu não querendo ficar sozinha e alguém que gostava daquilo e quando as coisas são assim, qualquer terceiro que chega nessa história ganha um destaque e foi o que aconteceu. Quando vi, estava num relacionamento aonde teoricamente ia tudo bem, mas eu queria ter a intensidade e a química que tinha com o outro e não sabia o que fazer e muito menos tinha pra quem contar isso, porque achava que todos iam vir com 7 pedras nas mãos me chamando de puta. Mas terminei, fiquei com o outro e depois acabou a vontade e eu tinha um blog pra escrever.

Eu aprendi a beber, deixei o cabelo crescer e decidi ir trabalhar e foi uma mudança total na minha vida. Eu adorava a empresa, amava as pessoas que trabalhavam comigo e aprendi muito lá. Era considerada uma técnica muito boa, o que eu nunca ia imaginar ser e estava conseguindo um modo de começar minha tão sonhada faculdade. O que mais poderia acontecer? O que move a minha vida? Um paixão, é claro, logo no meu terceiro dia de estágio. Cheguei na primeira empresa pra onde a que eu trabalhava prestava serviço e ele foi a primeira pessoa que eu vi, parecia até cena de filme, eu fiquei olhando pra ele e tive certeza que estava me apaixonando, sem nunca ter falado nada mesmo, meio que a primeira vista, mas olhei pra mão dele e BANG uma aliança, bem grande na mão esquerda. Mas quem disse que eu conseguia parar de pensar nele? E o pior é que a empresa em que eu trabalhava me mandava lá quase todo dia, o que foi uma tortura por quase um mês,mas não podia dizer nada pq ele era casado e ele me contou que estava separado há uns 3 meses, mas que tinha passado 13 anos com uma mulher que tinha virado diplomata, o relacionamento não dava mais tão certo, mas ele não conseguia parar de usar a aliança, pq ficava brincando com ela no dedo o tempo todo. Minhas esperanças foram lá em cima e então ele me adicionou no falecido Orkut e disse que tinha tido um sonho louco comigo e pediu meu email pra poder contar a história por lá, pq ele estava numa viagem a trabalho (já que ele era arquiteto, analista de sistemas e designer gráfico e trabalhava com isso tudo). O sonho dele era o meu sonho: Nós dois juntos, numa festa de formatura e dançando bolero. O que eu fiz? Abri o bocão e saí contando logo que estava apaixonada, obvio e assim que ele chegou no Rio nós nos encontramos e ele era o romantismo em pessoa. Quando eu entrei no carro estava tocando Katy Perry que era a minha cantora pop preferida na época e eu perguntei se ele ouvia aquilo, achando que ele ia me contar que a gente não podia ficar junto pq ele era gay ou algo do tipo, mas ele disse que não, que só tinha baixado músicas dela pq era a cantora que mais aparecia no meu subnick ( num troço do msn que aparecia lá a música que eu estava ouvindo no meu media player) e ele queria que eu me sentisse confortável. E como não me sentiria? A gente passou o final de semana todo junto e eu nunca tinha dormido com ninguém, quando eu acordei na primeira noite ele estava olhando pra mim e disse que estava assim tinha um tempinho e estava cantando mentalmente I don’t want to miss a thing e é claro que eu me apaixonei mais ainda, até o momento em que ele levantou e me levou pra um quarto onde tinha um mini piano (não era um piano de calda, mas era um piano) e tocou essa música pra mim. Naquele momento, eu tive certeza que não tinha mais volta e eu já estava completamente e perdidamente apaixonada. 

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